2ª Semana de Combate as Fobias de Gênero na Saúde

23/11/2016 14:20

logoA Saúde é um dos campos em que as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBTT) mais encontram problemas para obterem acesso à serviços da mesma forma que os heterossexuais, tendo em vista que a formação dos profissionais de saúde parte de uma lógica que reduz o entendimento das pessoas por parte dos profissionais assumindo que todas são heterossexuais e as demais orientações e identidades sexuais são desviantes, consequência da chamada “heterossexualidade compulsória”.

Nesse sentido, os profissionais de saúde têm uma função primordial na garantia de direitos humanos e inclusão de pessoas LGBTT, mas ainda carece de modelos formativos em suas formações profissionais que garantam o entendimento e a possibilidade de intervenção que respeite a singularidade das pessoas, independente de suas orientações e identidades sexuais.

Na medida em que os serviços públicos de saúde são fundados sob o signo da universalidade do acesso, irrestrito a tod@s cidad@s brasileiros, é de imensa relevância a discussão da diversidade como “orientação sexual” e, baseado nas teorias que versam sobre a heteronormatividade na Sociedade Contemporânea atual, a vivencia prática nos referidos serviços implica diversas vezes na exclusão e invisibilidade das “orientações” não heterossexuais, com experiências de discriminação impetradas por profissionais responsáveis pela saúde das pessoas, independente da orientação e identicidade sexual dos pacientes.

Estudos desse fenômeno, em suas variadas formas de apresentação e sujeitos, têm figurado entre as pautas acadêmicas mais frequentes nas últimas décadas, diante da sua forte presença na sociedade, notadamente naquelas mais urbanizadas. Existe uma crescente preocupação direcionada, nacionalmente, a relevância e os impactos dessa temática nas condições de saúde da população. Mesmo em face aos avanços, como a Política Nacional de Saúde Integral de LGBTT, ainda persistem lacunas no entendimento de algumas questões concernentes à saúde e seus contornos em relação à temática do gênero.

Dos dias 29 de novembro a 01 de dezembro, será realizada a 2ª Semana de Combate às Fobias de Gênero na Saúde, no Centro de Ciencias da Saúde/UFSC. A programação é parte do Mês da Diversidade Floripa 2016, com o tema “AMAR SEM TEMER: RESISTIR E LUTAR”, realizado pelo Fórum Diversidade da Grande Florianópolis, instituído por diversos coletivos, movimentos sociais, instituições, organizações e pessoas comprometidas com a Diversidade de Florianópolis com o objetivo de construção de uma comunicação ampla entre todos esses segmentos junto com as esferas de poder público e privado.

Inscrições e maiores informações através do link

https://www.sympla.com.br/2a-semana-de-combate-as-fobias-de-genero__102259

O evento será realizado em parceria multi-institucional entre o “Epicen@s: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde” da Universidade Federal de Santa Catarina ACONTECE – Arte e Política LGBT; EPICEN@S: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde; GPFAR -Grupo de Pesquisa em Farmacoepidemiologia; NEDAS – Núcleo de Estudos em Democracia e Associativismo na Saúde; NUPEBESC – Núcleo de Pesquisa e Extensão em Bioética e Saúde Coletiva; Observatório de Direitos Humanos e Saúde/UFSC; Fórum Diversidade da Grande Florianópolis; Departamento de Saúde Público/UFSC; e Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva/UFSC.

PROGRAMAÇÃO